Este "collage" resulta de uma "visão" que tive, em tempos, num museu em Sevilha.
É também um tributo prestado a Hitchocock e ao seu esplendoroso e definitivo "Vertigo", onde se reflecte (e de que prodigiosa maneira!) sobre as fragilíssimas em larguíssima medida inexistentes "fronteiras" entre a ficção e a realidade ou, talvez melhor, entre o desejo e a trágica impossibilidade de realizá-lo ou convertê-lo em 'obra'.
É também um tributo prestado a Hitchocock e ao seu esplendoroso e definitivo "Vertigo", onde se reflecte (e de que prodigiosa maneira!) sobre as fragilíssimas em larguíssima medida inexistentes "fronteiras" entre a ficção e a realidade ou, talvez melhor, entre o desejo e a trágica impossibilidade de realizá-lo ou convertê-lo em 'obra'.
Adicionalmente, opera também como um discurso lateral (ou mesmo "marginal") sobre os germes da fatal desintegração da inocência e da pureza absolutas, germes esses sempre latentes nestas, como descobriram Steinbeck (que sobre a tragédia em causa escreveu um notável "Of Mice And Men", que Gary Sinise cinematizou com um inesquecível John Malkovitch) e Graham Greene que completou um volume onde constava o fabuloso "The Third Man" como uma "coisa" verdadeiramente soberba intitulada "The Fallen Idol" (que, por vir onde vem é geralmente ignorado e que Carol Reed cinematizou, num filme injustamente pouco conhecido onde brilhava um ainda comparativamente jovem e muito graham-greeniano Sir Ralph Richardson).
Uma fotografia (ainda e sempre da velha "Polónia") e um rosto extraído de um folheto pornográfico forneceram-me (com óbvia ironia...) as ferramentas do 'objecto' que aqui ("for all it is worth") publico.
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