Constitui, sem dúvida, um dos meus trabalhos preferidos, esta "Reason" com a qual abro a galeria virtual que é, também, um tributo prestado a um dos mais interessantes (e inteligentes) lisboetas que conheci.
Em meu entender, com efeito, uma colagem deve (entre outros requisitos sobre os quais me irei successivamente debruçando) funcionar pela "directeness" absoluta (ou pela---vou inventar um termo---"instanteouneousness"---da sua "mensagem", digamos assim.
Numa boa colagem, está tudo "lá" de uma vez---ou já não tem espaço nem ocasião para estar.
Na boa colagem, o segundo olhar não existe: se não funcionou tudo no primeiro, dificilmente haverá uma "secnd chance" para o "colleur".
Pessoalmente, penso que terei conseguido "meter o sentido ou o significado possível (praticamente) todo nesse dificílimo primeiro olhar colleur" com esta colagem onde, muito beckettianamente, se especula sobre o absurdo ou os limites objectuais da razão.
É a minha opinião, pelo menos.
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