quinta-feira, 10 de abril de 2008

"Jaime"

Quando era estudante, costumava passar diante do gradeamento do velho "Júlio de Matos". Por detrás dos ferros, nesse espaço lunar que eram os jardins do hospital, havia, invariavelmente, uma destas figuras excêntricas e inquietantes (um "louco"---"whatever that means"---mesmo de forma involuntária acaba sempre questionando as nossas certezas e a nossa tranquilidade interior!), sentad num sítio inverosímil qualquer, tomando o belo sol lisboeta do meio-dia.
Em cada um deles, eu via sempre esse Jaime, soberbo pintor, que cobria obsessivamente paredes com as suas angústias e fantasmas interiores.


É para todos esses 'espectros' da minha juventude perdida e, muito em particular para o inquietante Jaime que aqui brevemente recordei esta colagem que leva em título (tão orgulhosa quanto significativamente) o nome de um "louco"...

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