
Quando era estudante, costumava passar diante do gradeamento do velho "Júlio de Matos"
. Por detrás dos ferros, nesse espaço lunar que eram os jardins do hospital, havia, invariavelmente, uma destas figuras excêntricas e inquietantes (um "louco"---"
whatever that means"---mesmo de forma involuntária acaba sempre questionando as nossas certezas e a nossa tranquilidade interior!), sentad num sítio inverosímil qualquer, tomando o belo sol lisboeta do meio-dia
. Em cada um deles, eu via sempre esse Jaime, soberbo pintor, que cobria obsessivamente paredes com as suas angústias e fantasmas interiores.
É para todos esses 'espectros' da minha juventude perdida e, muito em particular para o inquietante Jaime que aqui brevemente recordei esta colagem que leva em título (tão orgulhosa quanto significativamente) o nome de um "louco"...
Sem comentários:
Enviar um comentário